No Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado em 18 de maio, autoridades, educadores e entidades de proteção à infância reforçam um apelo essencial: denunciar é um ato de coragem, proteção e responsabilidade social.
Segundo dados do Disque 100, milhares de casos de violência sexual contra crianças e adolescentes são registrados todos os anos no Brasil. No entanto, especialistas alertam que o número real pode ser ainda maior, devido ao medo, à falta de informação e à desconfiança das vítimas em relação às autoridades.
A denúncia é o primeiro passo para romper o ciclo de violência e garantir o acolhimento das vítimas. Muitas crianças e adolescentes não conseguem relatar os abusos que sofrem. Em alguns casos, são ameaçados pelos próprios agressores ou manipulados emocionalmente, acreditando serem culpados pelos crimes cometidos contra eles.
Além de proteger a vítima, a denúncia contribui diretamente para a responsabilização dos autores dos crimes. As informações repassadas por familiares, educadores, vizinhos ou qualquer pessoa que presencie sinais de abuso são fundamentais para que as autoridades possam investigar, prender agressores e impedir novos casos.
A impunidade é um dos principais fatores que perpetuam a violência sexual infantojuvenil. Denunciar fortalece o sistema de justiça e dá uma resposta à sociedade de que esses crimes não serão tolerados.
Outro ponto crucial é o acesso das vítimas ao atendimento psicológico e social. A denúncia pode garantir que crianças e adolescentes recebam acompanhamento especializado, necessário para a superação dos traumas.
A mobilização no dia 18 de maio também tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a gravidade do problema. Ao dar visibilidade ao tema, espera-se que mais pessoas saibam identificar sinais de abuso e ajam diante de qualquer suspeita. O silêncio protege o agressor. A denúncia protege a criança.
Qualquer cidadão pode realizar uma denúncia anônima por meio do Disque 100, canal gratuito e disponível todos os dias da semana, 24 horas por dia. Também é possível procurar o Conselho Tutelar.